O perigo da superestimulação

Uma tecla em que a Tracy Hogg sempre bate é no perigo da superestimulação. As pessoas agitam demaaaais seus bebês e depois eles não conseguem se acalmar sozinhos. Vejam o que acontece quando um bebê está superestimulado:

- ele não consegue ter um sono tranquilo, e fica se revirando enquanto dorme;
- muito provavelmente ele não conseguirá dormir suas sonecas durante o dia;
- consequentemente, a hora de dormir à noite será um terror;
- o bebê ficará cansado, irritado, choroso o tempo todo;
- ele acordará muitas vezes durante a noite.

Muitos problemas de sono podem ser resolvidos com a diminuição dos estímulos. Algumas dicas para as diferentes fases durante o primeiro ano:

RNs (primeiras seis semanas) - Atividades como trocar fraldas e tomar banho são suficientes. Mas é claro que a família inteira vem visitar, todo mundo quer pegar no colo, papai quer beijar o tempo todo. O que podemos fazer? Diminuir isso tudo na medida do possível. Converse com ele, explique o que está fazendo, dê bastante amor e carinho. É difícil, mas preste atenção no ritmo do seu bebê. Tente fazer atividades calmas na maioria do tempo, para compensar as atividades mais frenéticas e tente não fazer qualquer atividade durante a noite! Quando o bebê acordar para mamar, faça em silêncio, no escuro, e só troque a fralda se estiver com cocô. mesmo assim, seja rápida e silenciosa.

6 semanas a 3 meses - O bebê já fica mais tempo acordado, mas ainda é muito novinho. Ele deve ficar por volta de 1h a 1h30 acordado. Faça qualquer atividade mais agitada depois que ele mamar. Quando passar 1h, já diminua o ritmo. De noite, mesma coisa: o mínimo de atividades. TV, nem pensar. É SUPER estimulante. O mais agitado de todos os brinquedos deve ser o móbile que mexe e toca música no berço. Esse é o nível. Deixe-o na cadeirinha enquanto faz suas atividades em casa. Evite muito colo - é a fase do hábito. Evite cadeirinhas que vibram e tocam música ao mesmo tempo.

3 a 6 meses - O bebê já interage mais e fica mais tempo acordado (cerca de 2h). Atividades mais intensas depois que ele acorda estão liberadas, mas com o cair da tarde, volte à calmaria. Continue colocando para dormir cedo (quando escurecer). Evite a síndrome "coitadinho do bebê" pegando-o no colo a cada coisinha que acontecer. Quando ele chorar por alguma manha, tente fazê-lo parar antes de pegá-lo no colo, para não associar. Faça uma brincadeira, cócegas e, quando ele parar de chorar, pegue-o no colo.

6 a 9 meses - Mantenha o padrão de atividades mais intensas quando ele acorda e vá diminuindo à medida que chega a hora de dormir. Você já conhece bem o seu bebê e sabe o que o deixa mais agitado e mais calmo. Siga sua intuição. Muita coisa muda nessa fase. Tome cuidado para não extrapolar, mas também não o entedie. Muitos bebês nessa fase choram porque querem mudar de lugar, se ainda não engatinham. Observe-o e, se ele se desinteressar do que está fazendo, troque de atividade. Prossiga com a rotina, coloque-o para dormir cedo etc. Boas atividades: jumper, ler livros, segurar objetos, cantar canções de ninar, tapete com brinquedos em volta para estimular engatinhar, levar para conhecer outros bebês.

Acima de 9 meses - Tenha uma rotina flexível, mas não se esqueça de continuar pegando leve com as atividades. Seja rígida com a rotina noturna, para não gerar momentos de terror daqui para frente. Agora o bebê já fica acordado mais tempo (2h30 a 3h), então dá para sair mais, fazer atividades intensas mais demoradas, que não afetem a hora de dormir. Além disso, ele já sabe brincar sozinho pelo menos por uns 45m. Boas brincadeiras: brinquedos de encaixar, piscininha, areia, blocos. Cuidado com a ansiedade da separação, que gera maus-hábitos se você não souber identificar.